Enquanto comunicava aos seus discípulos a grande comissão, Jesus prometeu o revestimento, a capacitação e a presença constante do Espírito Santo. O divino ajudador teria a missão de capacitar e dirigir a igreja na sua mais nobre tarefa diante do mundo: ser testemunha de Jesus.
Em Atos 1.8 Jesus delineia o seu grande projeto missionário que teria proporção global, multicultural, multilinguístico e multirracial. Este versículo serve também para ensinar a organização textual do livro de Atos dos apóstolos.
O Espírito Santo e o grande mandamento – um plano de redenção (Mc 16.15-20)
O Espírito Santo e a grande comissão – um plano de missão (Mt 28.18-20; Jo 20.21)
A ação do Espírito Santo – Uma necessidade urgente na tarefa missionária da igreja hoje (Lc 24.45-49)
O Espírito Santo é o maior mobilizador da ação missionária da igreja através dos séculos (At 1.8):
- Ele reveste as testemunhas de Jesus do seu divino poder (At 1.4-8;2.14).
- Ele dá a visão das dimensões da obra.
- Ele vocaciona os verdadeiros missionários.
- Ele capacita os obreiros chamados para a obra missionária.
- Ele confirma a chamada na vida de homens e mulheres aparentemente incapazes e inadequados para a tarefa.
- Ele confere autoridade para a pregação do plano da salvação.
- Ele chancela a ação missionária realizada nos parâmetros bíblicos.
- Ele ensina as estratégias necessárias para a superação dos desafios.
- Ele consolida os frutos da ação missionária
- Ele guia a igreja e a sua liderança na execução da tarefa missionária.
Em cada capítulo do livro de Atos dos Apóstolos, há uma evidente demonstração das operações do Espírito Santo na vida de homens e mulheres que se entregaram ao labor missionário.
Seguindo a direção do Espírito Santo, enquanto empenhava-se nas ações missionárias, no devido tempo, a igreja transferiu o centro de operações missionárias de Jerusalém para Antioquia.
A conversão real dos indivíduos e o momento para o avanço do evangelho são obra do Espírito Santo, em quem confiamos, e não resultados de nossos planos grandiosos e técnicas inteligentes. (Patrick Johnstone, Perspectivas no movimento cristão mundial, p. 226)
Na história da igreja, houve períodos de esterilidade, épocas em que a vida espiritual esteve em baixa. Então Deus interveio com derramamentos do Espírito Santo, em avivamentos locais, nacionais e até mesmo mundiais:
- O avivamento de Jerusalém, Atos 2…
- O avivamento em Antioquia, Atos 11,13…
- O avivamento em Corinto, 1 Coríntios 2.4-5…
- O avivamento em Éfeso, Atos 19…
- O avivamento dos irmãos morávios, Século XVIII (13/08/1727)…
- O avivamento nos dias de João Wesley…
- O avivamento missionário através de William Carey (1761-1834) e de Hudson Taylor (1832-1905)…
- Os avivamentos dos últimos 200 anos na história missionária do povo de Deus:
Estado da Virgínia, EUA (1787); Andrew Murray, na igreja reformada Holandesa na África do Sul (final do século XIX); Evan Roberts, País de Gales, (1904); Rua Azuza (1906); Assembleia de Deus no Brasil (1911); Universidade Evangélica de Wheaton (EUA); Barvas nas Ilhas Hébridas, Escócia (1950-1954); Igreja dos Zulus, África do sul, (1966); Ilha de Timor, Indonésia (1965); Província de Shaanxi, China Comunista (1993); Coréia do Sul; Igreja dos Povos; Projeto missionário de volta a Jerusalém.
Não fossem os avivamentos, certamente não teriam surgido os movimentos missionários que circularam pelo mundo e levaram a palavra salvadora a milhares de povos e tribos. Os despertamentos espirituais tem derramado combustível sobre as igrejas e denominações para incentivá-las a enviar e manter missionários nos campos prontos para a colheita. (Russel Shedd, Avivamento e Renovação, p.115)
Deus concede através da ação do Espírito Santo, tempos de despertamento, tempos de renovação e tempos de restauração.
Por causa da presença animadora e encorajadora do Espírito Santo nas ações missionárias da igreja, pode-se afirmar que há um tom de restauração, de nova vida e de alegria. É a linguagem da vida, do reavivamento e do crescimento espiritual abundante. Deus conta conosco nesta última hora para a colheita final.
Pr. Rayfran Batista da Silva
Pastor presidente da Assembleia de Deus em Santa Inês, MA. 2º Vice-presidente da CEADEMA – Convenção Estadual das Assembleias de Deus no MA. Diretor do IBPE- Instituto Bíblico Pastor Estêvam Ângelo de Sousa. Pregador, professor de várias matérias teológicas. Pós-graduado em Teologia. Graduado em Filosofia, Letras e História. Autor de 09 livros nas áreas de Bíblia, História, Teologia e Missões. Contatos: [email protected]