A parábola ou história apresentada por Jesus neste texto nos remete a uma profunda conclusão: a necessidade de praticarmos aquilo que sabemos.
O doutor da lei inquiriu, …mestre, que farei para herdar a vida eterna? (Lc 10.25). A pergunta reflete uma das maiores inquietações do ser humano e a indagação era legitima embora a motivação fosse maldosa. O que ele não esperava era que Cristo o levaria a responder a sua própria pergunta dentro das escrituras que ele como intérprete da lei bem conhecia. E, respondendo ele, disse: amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lc 10.27). A resposta do doutor da lei nos mostra que ele sabia o que fazer para herdar a vida eterna, é tal que Jesus lhe disse: respondestes corretamente (Lc 10.28). O que faltava, portanto, era a prática. Precisamos mudar o nosso conceito de próximo. Ao invés de pensarmos como o doutor da lei, que achava que deveria ser iniciativa dos outros mostrarem ser próximo dele e que o próximo eram as pessoas justas e boas, e não as pessoas que ele classificava como más, como era o caso dos coletores de impostos, prostitutas, samaritanos e outros. Pelo contrário, devemos compreender como Jesus ensinou, que o nosso próximo são todos aqueles que necessitam de nós, sem nos importarmos com sua condição, posição, cor, raça, sexo religião etc. O que estamos precisando muitas vezes não é saber o que devemos fazer, é praticar o que sabemos. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4.17).
Isto nos mostra uma realidade muito crescente em nossos dias, inclusive em nosso meio, pois vivemos uma época de muita teoria e pouca prática. Vivemos uma época de fortes tendências para o religiosismo, onde, a prática da fé é substituída por meras práticas religiosas e corremos o risco de nos tornar meros “doutores da lei”.
Hoje se fala muito em missão, em amor ao próximo, crescimento de igreja, evangelização, oração e jejum, mas observamos que precisamos melhorar nossas práticas. O que mais precisamos nestes dias para avançarmos não é tanto de estratégias novas, de novas tecnologias, mas de práticas cristãs tão comuns à igreja em toda a sua trajetória. Precisamos orar mais. É comum em nossas igrejas na hora da oração muitos crentes permanecerem sentados, assistindo os outros orarem ou mesmo conversando. Isto é um reflexo do fato de que estamos perdendo a prática da oração.
Precisamos jejuar mais. Há muito crentes nesta nova geração que não sabem mais o que é jejuar. Precisamos evangelizar mais. A igreja de hoje precisa a voltar a evangelizar não apenas como um evento esporádico, mas como uma prática cristã cotidiana (At 5.42). Precisamos buscar mais o poder de Deus e os dons do Espirito Santo. A igreja dos nossos dias precisa voltar a conviver com o batismo com o Espirito Santo e a manifestação dos dons espirituais como prática normal que aconteça no nosso dia a dia em nossos trabalhos corriqueiros.
Precisamos amar mais. O amor é a predisposição de buscar o bem dos outros. Missão é amor em ação. Vale para nós as palavras de Cristo para o doutor da lei após concluir por si mesmo quem era o seu próximo: vai e faze da mesma maneira. E é com este entendimento e sentimento que a SEMADEMA lança o importante tema FAZE ISSO E VIVERAS – UM CHAMADO À PRATICA MISSIONARIA para os eventos missionários 2017.
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