INFORMATIVO SEMADEMA ENTREVISTA
A MISSIONÁRIA IRANIR AVELINO
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Informativo Semadema – Missionária, como você se sente fazendo parte do projeto missionário da nossa convenção voltado para o alcance dos povos indígenas de nosso estado?
Missionária Iranir Avelino – Sinto-me honrada de poder doar um pouco de mim para esta obra que é sem preço. Lembro-me que há 26 anos, quando recebi o convite do Pastor Raposo para trabalhar com os indígenas eu lhe pedi 15 dias para orar, queria uma resposta mais pessoal de Deus. Então respondi afirmativamente e eu sabia que dentro de mim estava um chamado de Deus, ainda que nunca tivera nenhum contato com indígenas. Eu os conheci e os amei com a minha alma e vejo neles uma alma que clama pelo Deus vivo. Além disso vejo um Deus que os ama com amor eterno.
Informativo Semadema – Quais são, na sua opinião, os principais desafios do trabalho missionário entre os indígenas maranhenses?
Missionária Iranir Avelino – Creio que será uma consciência de alcançar os não alcançados, Awá-Guajá, inclusive estamos em oração e propondo aos irmãos de Maçaranduba que encabecem este desafio, pois Deus lhes está dando o privilégio de assim fazê-lo.
Informativo Semadema – Quais os principais avanços obtidos pela Semadema por meio do Projeto Pró- Indígenas?
Missionária Iranir Avelino – Eu poderia listar vários avanços, mas vou citar os seguintes: a conclusão do templo da Aldeia Maçaranduba e o apoio ao obreiro nativo que está na direção no trabalho; o teto do templo dos indígenas da etnia Kaapor, e o apoio de sustento para nossos líderes nativos ali, que são uma equipe de 4 obreiros. Graças a Deus são unidos e estão fazendo a obra de Deus entre seus parentes.
Informativo Semadema – Temos ouvido relatos de algumas conquistas no que diz respeito à construção de templos em aldeias indígenas, qual a importância disso para o trabalho missionário entre os irmãos indígenas?
Missionária Iranir Avelino – Maravilhoso! Não há palavras para expressar o que um templo significa para os irmãos nativos, era visível a alegria estampada no rosto deles quando da inauguração do templo da Aldeia Maçaranduba. Enquanto para muitos de nós o templo não tem um valor especial, para eles a casa de oração representa uma referência, um lugar onde encontram o refrigério de suas vidas.
Informativo Semadema – Há em nosso estado etnias indígenas ainda não alcançadas?
Missionária Iranir Avelino – Sim, a etnia Awá-Guajá, mais precisamente na Região do Caru. Eu já estive em uma aldeia deles por um dia, para estabelecer contato. Eles são muito receptivos, até ganhei presente e fui convidada a comer carne de caça com eles. Foram 4 homens Awá que nos atravessaram o rio em suas canoas e nos conduziram à sua aldeia. Foi uma experiência muito agradável. Graças a Deus as demais tribos já dispõem da presença do evangelho, precisamos apenas intensificar e expandir essa presença em alguns contextos.
Informativo Semadema – Que palavra você deixaria para a Assembleia de Deus maranhense acerca da missão entre os indígenas, neste momento especial da nossa história, o ano do nosso centenário?
Missionária Iranir Avelino – Que a Assembleia de Deus no Maranhão dilate seu coração para os povos minoritários do nosso Estado, pois Deus nos está dando a oportunidade de levantar discípulos em nossa Samaria maranhense! E naquele grande dia a igreja maranhense terá o gozo de ver muitos indígenas de nossas etnias entoando o cântico da salvação! Pois o Cordeiro foi morto, e com seu sangue comprou homens que procedem de toda A TRIBO, E LÍNGUA, E POVO E NAÇAO (Ap 5.9).