O PROPÓSITO DA EVANGELIZAÇAO
“E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos” (Lc 16.27.29). O Senhor Jesus Cristo demostrou grande interesse pela evangelização, ele próprio pregou o evangelho: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo… E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim” (Mt 9.35; Mc 1.38). Ademais disso enviou seus discípulos ao campo da evangelização como que em um estágio supervisionado. Uma vez enviou os doze (Lc 9.1-6), em outra ocasião, setenta (Lc 10.1-24). Após ressuscitar, foi o tema exclusivo de seus últimos dias na terra. Jesus queria que entendêssemos que nós não receberíamos uma nossa missão, mas que daríamos continuidade à sua: “Assim como o pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.21). Porque tanto interesse e preocupação com a evangelização? Algumas verdades ratificam o grau de importância que o Senhor Jesus deu à evangelização: todos os evangelistas registraram a Grande Comissão (Mt 28.19-20; Mc 16.15-20; Lc 24.4649; At 1.5-8); a salvação é o que há de maior valor do ponto de vista divino (Sl 49.6-8; MC 8.36,37). A salvação e a perdição são realidades eternas (Mc 16.16), e quando pensamos na seriedade das realidades eternas e entendemos que são invariáveis e que ao partirmos daqui uma vez condenado, condenado para sempre, ou, uma vez salvo, salvo para sempre e que nada mais mudará essa realidade, entendemos que é preciso toda a atenção que Jesus dedicou e que nós, seus servos, devemos dedicar a algo de tão grande resultados já nesta vida e principalmente na eternidade. Para acentuar ainda mais esta verdade destaquemos os termos a seguir: Condenação – Termo forense – linguagem dos tribunais – punição explícita. Condenados – pessoas com uma punição explícita. Isso porque todos os pecadores serão julgados no grande juízo do Trono Branco e serão condenados e receberão como sentença a perdição eterna e serão lançados para dentro do lago de fogo (Ap 20.15). Pense agora no inferno, pense nas almas que estão lá agora. Como elas estão? Cinco coisas, pelo menos, sabemos sobre o estado dos perdidos: eles estão vivos (Lc 20.38). “Jesus afirmou aquilo que os saduceus negavam: a existência dos anjos e a realidade da vida depois da morte” (Warren W. Wiersbe). Uma segunda verdade é que os mortos estão conscientes (Lc 16.23-31). Em terceiro lugar, estão em grande tormento (Lc 16.24) e que seu estado é irreversível. Nada mais mudará o destino de uma pessoa uma vez perdida. E, em quinto lugar, o clamor das almas perdidas. Um clamor de desespero e de tormento (Lc 16.24). O Pastor Antônio Gilberto afirmou que “se como parte de um treinamento de evangelismo tivéssemos que passar 24 no inferno vendo o que se passa por lá com aqueles que lá estão, ao retornarmos de lá todo a nossa vida giraria em torno da obra da evangelização”. É aí que entra a importância da evangelização e da obra missionária e se explica o porquê de o próprio Cristo haver se lançado ao campo da evangelização. O Bom Pastor foi em busca do perdido pecador e os viu sofridos e tão carentes de dá dó, ele os viu como ovelhas que não têm pastor e o seu grande desejo é: “ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (Jo 10.16). A partir da percepção dos perdidos que estão em grande tormento é possível ver melhor do que muitos de nós, que muitas vezes estamos tão insensíveis e cegos diante das realidades deste mundo sem Deus. No hades o homem clamou: “… rogo-te, pois, ó pai, que mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: eles têm Moisés e os Profetas; ouça-nos” (Lc 16.27.29). Nós precisamos pregar o evangelho para darmos testemunho, afim de que as pessoas ouçam, creiam e sejam salvas e não vão para o lugar de tormento. Este é o sublime propósito da evangelização. Que esta seja uma marca indelével da igreja maranhense neste centenário.
Pr. Francisco de Assis (Secretário Executivo da Semadema)